Genecias anuncia nesta segunda-feira apoio a Tasso e Eunício

O deputado federal Genecias Noronha, do Solidariedade, anuncia, nesta segunda-feira, apoio às candidaturas de Tasso Jereissati ao Senado e de Eunício Oliveira ao Governo do Estado. Pressionado pelos aliados que se opõem ao nome do petista Camilo Santana, Genecias esperou, também, nos últimos 45 dias, reuniões com o Governador Cid Gomes (PROS) para discutir ações do Governo do Estado em municípios onde tem bases eleitorais. Genecias receberá, nesta segunda-feira, a partir das 9:30 horas, em sua residência em Fortaleza, os candidatos Eunício Oliveira e Tasso Jereissati.
O Solidariedade integrava a aliança com o PROS e o PT e, a partir desse momento, se divide com a maioria dos candidatos à Assembleia Legislativa e dirigentes municipais migrando para a Coligação Ceará de Todos, puxada pelo PMDB e com a participação do PR, DEM, PSDC, PPS e PSDB. Prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e lideranças políticas municipais acompanharão Genecias Noronha rumo às candidaturas de Eunício e Tasso. A agenda de Eunício e Tasso reserva, para esta segunda-feira, reunião com lideranças políticas. A genda não cita o nome de Genecias, mas nomina o endereço do parlamentar como o local do encontro das adesões.
O apoio de Genecias Noronha e do seu grupo político aos nomes de Tasso e Eunício agrada à cupula nacional do Solidariedade, que tem mais identificação com o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. O Ceará foi o único Estado em que o Solidariedade foi liberado pelo Presidente da Executiva Nacional, Paulinho da Força Sindical. ”Quando decidi entrar no Solidariedade, recebi a garantia que, no Ceará, o partido teria a liberdade para apoiar os candidatos ao Governo e ao Senado que atendessem às circunstâncias políticas locais. Essa decisão do Paulinho (Deputado Federal Paulinho da Força Sindical) foi respeitada e continuo com a liberdade para agir sobre o melhor destino do Solidariedade no Ceará”, disse o deputado Genecias Noronha, que comanda a direção estadual da sigla.

Fonte: Ceará Agora

 

 

Assembleia legislativa: Deputados esperam renovação de até 40%

Desistência de alguns deputados e aparição de candidatos dados como favoritos devem impor novos nomes na Casa

Os deputados estaduais que estão visitando as bases eleitorais no Interior já começam a fazer especulações sobre quais os nomes mais cotados a ter grandes votações nas eleições deste ano

Foto: José Leomar 

 

Pelo menos 18 novos deputados podem ser eleitos, pela primeira vez, para a Assembleia Legislativa no pleito do dia 5 de outubro próximo. A perspectiva é feita pelos próprios parlamentares da atual Legislatura que disseram ao Diário do Nordeste que a renovação da Casa deve ser de até 40%, como já vem ocorrendo em eleições passadas.

Dos 46 deputados que compõem o Legislativo Estadual atualmente, sete deles não vão tentar eleição, o que já dá uma margem de renovação grande. Hermínio Resende (PROS), Vanderley Pedrosa (PTB), Idemar Citó (DEM), Neto Nunes (PMDB), Augustinho Moreira (PV), Nelson Martins (PT) e Rogério Aguiar (PSD) não vão mais disputar a reeleição. As motivações vão desde a falta de dinheiro e outros compromissos que eles dizem achar mais importantes até situações de infidelidade partidária e problemas com a Justiça Eleitoral.

Camilo Santana (PT) e Eliane Novais (PSB) estão concorrendo à vaga deixada com a saída de Cid Gomes do Governo do Estado, enquanto Mauro Filho (PROS) disputa a única cadeira do Senado Federal reservada ao Ceará neste pleito. Completam a lista dos que não vão tentar reeleição Ronaldo Martins (PRB) e Paulo Facó (PTdoB), que disputam vaga na Câmara Federal.

Ao todo 12 vagas estão abertas para novos parlamentares na Assembleia Legislativa e, de acordo com os deputados entrevistados pelo Diário do Nordeste, outras seis ou oito devem ser preenchidas por novas caras no Parlamento cearense. O deputado José Sarto (PROS), que sempre é procurado por seus pares para fazer avaliações e perspectivas das candidaturas, disse que haverá uma renovação substancial na Casa, até porque cerca de 25% dos quadros atuais da Assembleia não tentarão reeleição.
Desempenho
A taxa de renovação deve ficar entre 35% e 40%, segundo Sarto, podendo ser eleitos 18 novos deputados estaduais. De acordo com o líder do Governo na Casa, isso vai depender principalmente dos candidatos ao Governo do Estado, porque é natural que a candidatura majoritária puxe a proporcional, seja nas candidaturas para federal ou estadual. "Vai depender do desempenho dos candidatos majoritários, pois é aí que teremos uma ideia de como será a composição da Assembleia no próximo mandato", disse.

Os deputados que passaram o primeiro mês de campanha visitando seus colégios eleitorais no Interior do Estado perceberam que alguns nomes já despontam como favoritos a serem eleitos, como o vereador Capitão Wagner (PR), que postula uma das vagas; o ex-prefeito de Iguatu, Agenor Neto (PMDB); a esposa do deputado federal Genecias Noronha (SD), Aderlânia Noronha (SD); Evandro Leitão (PDT); Robério Monteiro (PROS), ex-prefeito de Itarema; Odilon Aguiar (PROS), ex-prefeito de Tauá; e a ex-prefeita de Graça, Augusta Brito (PCdoB), além de um candidato do PSOL.

Os partidos pequenos que fizeram coligação também devem eleger seus candidatos, com menor número de votos. Os blocos PP, PMN e PTdoB; PSDC, PPS, PTN; e PEN, PRTB e PPL devem fazer de dois a três candidatos cada, conforme informaram os parlamentares entrevistados pela reportagem. Daqueles que deverão se reeleger, os nomes de José Sarto, José Albuquerque (PROS) e Lucilvio Girão (SD) despontam como aqueles que devem ser eleitos com uma margem grande de votos, ficando entre os primeiros.

José Sarto avalia ainda que uma espécie de "fenômeno" imprevisível deve surgir nessas eleições, opinando ser um artista, radialista ou figura folclórica, como ocorreu com o candidato Francisco Everadro da Silva, o Tiririca, na eleição para deputado federal em 2010 em São Paulo, ou até mesmo com Delegado Cavalcante, no Estado do Ceará, em 2002, e com o vereador Aondeé, em Fortaleza, nas eleições municipais de 2012.
Roberto Mesquita (PV) afirmou que Capitão Wagner e José Albuquerque são os que têm maior densidade eleitoral pelo que ele vem observando nas conversas com colegas sobre o processo eleitoral vigente.

Ivo Gomes (PROS) é outro, opina, que aparece como um dos favoritos, por ter sido secretário de Educação e integrante do Governo Cid Gomes, sem contar o parentesco com o governador. "A gente ouve falar que o presidente da Casa e o deputado Ivo Gomes serão as prováveis estrelas. Mas nós teremos surpresas para além do que estão comentando sobre o Capitão Wagner", disse.
Cidades
A líder do PT, Rachel Marques, afirmou que haverá uma renovação significativa na Casa, principalmente por conta dos que não tentarão reeleição. Segundo ela, pelo que vem acompanhando, enquanto alguns candidatos têm se limitado a determinadas cidades, outros estão presentes em todo o Estado. "Acredito que vai ter muita gente nova por aqui", disse a petista. Nelson Martins (PT) destacou os nomes de Wagner e Agenor Neto e disse que a renovação se manterá dentro da média, entre 40% e 45%. Ele afirmou que, pelo trabalho realizado nos quatro anos, muitos irão se reeleger.

Sergio Aguiar (PROS) acredita que os petistas Elmano de Freitas e Artur Bruno, assim como o peemedebista Agenor Neto, devem "preencher" pelo menos oito vagas para a Casa, considerando a quantidade de votos que poderão ter. "A renovação vai girar em torno de 40%, isso baseado nos 25% que não vão tentar reeleição. Não acredito em uma renovação em massa porque o trabalho dos deputados atuais foram bem feitos em suas bases", apontou.

Já Ronaldo Martins (PRB) se limitou a falar do trabalho realizado pelo seu partido e disse que a coligação da qual faz parte, que incluem PTB, PSL, PHS, PSD, SD e PROS, deve fazer mais de 25 deputados, sendo quatro somente do PRB. "Eu acredito que a renovação fique em torno de 30% a 40%. Isso porque o povo está querendo o novo, algo diferente e não aguenta algumas coisas que estão por aí", declarou o parlamentar.

DN

Datafolha: Dilma tem 36%, Marina, 21%, e Aécio, 20%

 

Pesquisa feita pelo Datafolha para o jornal "Folha de S.Paulo" divulgada na edição desta segunda-feira (18) mostra Dilma Rousseff (PT) com 36% das intenções de voto para presidente, seguida de Marina Silva (PSB), com 21%, e Aécio Neves (PSDB), com 20%.

É a primeira pesquisa que inclui um cenário em que a ex-senadora Marina Silva é o possível nome do PSB no lugar do ex-governador Eduardo Campos, que morreu na quarta-feira (13), em um acidente de avião. O PSB ainda não definiu se Marina será a candidata substituta, mas lideranças dão a escolha como certa.

No levantamento anterior do Datafolha, realizado nos dias 15 e 16 de julho e divulgado no dia 17, Dilma tinha 36%, Aécio, 20%, e Eduardo Campos, 8%.

O percentual de entrevistados que disseram não saber em quem votar ou que não responderam foi de 14% em julho e agora atingiu 9%. Brancos e nulos eram 13%; agora são 8%. O quarto colocado na pesquisa, pastor Everaldo (PSC), aparece com 3% das intenções de voto; no levantamento anterior, tinha os mesmos 3%.

A pesquisa mostra que, se a eleição fosse hoje, haveria segundo turno: Dilma teria 36% contra 46% da soma dos demais candidatos. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 36% contra 36% dos demais, o que indicava uma incerteza sobre a necessidade de segundo turno.

O resultado da atual pesquisa mostra que, se for confirmada candidata do PSB no lugar de Campos, Marina começa a campanha em situação de empate técnico com Aécio Neves, numericamente à frente do tucano: 21% a 20%, dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais.

Marina larga também em situação de empate técnico com Dilma na simulação de segundo turno: Marina com 47% e Dilma com 43%. O Datafolha não pesquisou um cenário entre Marina e Aécio. No cenário entre Dilma e Aécio, a petista tem 47%, e o tucano, 39%.

O levantamento foi encomendado pelo jornal “Folha de S.Paulo”. O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias 14 e 15 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00386/2014.

Veja os números do Datafolha para a pesquisa estimulada (em que a relação dos candidatos é apresentada ao entrevistado):

- Dilma Rousseff (PT): 36%
- Marina Silva (PSB): 21%
- Aécio Neves (PSDB): 20%
- Pastor Everaldo (PSC): 3%
- José Maria (PSTU): 1%
- Eduardo Jorge (PV): 1%
- Luciana Genro (PSOL): 0%
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
- Eymael (PSDC): 0%
- Levy Fidelix (PRTB): 0%
- Mauro Iasi (PCB): 0%
- Brancos/nulos/nenhum: 8%
- Não sabe: 9%

Segundo turno

Nas simulações de segundo turno, o Datafolha avaliou os seguintes cenários:

- Marina Silva: 47%
- Dilma Rousseff: 43%

- Dilma Rousseff: 47%
- Aécio Neves: 39%

O Datafolha não realizou a simulação de uma disputa entre Aécio Neves e Marina Silva.

Rejeição

A presidente Dilma tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). 

Confira abaixo:

- Dilma Roussef: 34%
- Aécio Neves: 18%
- Pastor Everaldo: 17%
- Zé Maria: 16%
- Eymael e Levy Fidelix e Rui Costa: 13%
- Marina Silva, Luciana Genro e Mauro Iasi: 11%
- Eduardo Jorge: 10%

Avaliação da presidente

A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 38% dos eleitores – no levantamento anterior, divulgado em 17 de julho, o índice era de 32%. O percentual de aprovação considera os entrevistados que avaliaram o governo como "bom" ou "ótimo". A pesquisa mostra ainda que o índice dos que desaprovam a gestão, ou seja, consideraram o governo "ruim" ou "péssimo", foi de 23% (era 29%). 

Dos ouvidos, 38% consideram o governo como "regular" (mesmo percentual anterior).

O resultado da pesquisa de avaliação do governo Dilma foi o seguinte:
- Ótimo/bom: 38%
- Regular: 38%
- Ruim/péssimo: 23%